sábado, 27 de dezembro de 2008

Lamentos e flores

As flores do teu sorriso
são como ondas, que me paralisam.
São vermelhas, amarelas , mas o teu olhar é cinza.
É evasivo e triste , ao mesmo tempo é mistério.
As árvores do teu abraço me enlaçam , mas não me confortam.
Raízes dos teus pés , sambam no meu chão, e tingem a minha paixão carmesim em desprezo cor de chumbo.

Imortalidade

Este mundo inteiro e manso eu percorrerei
Para dizer das minhas verdades nunca ditas
Mesmo que minha essência se desintegre e minha consciência padeça
Peça sobre peça , em caminhos tortos.

Poeta de poucas palavras

Se sou poeta , não sei
Sei de algo que não posso esconder
Sei que do caminho das pedras , a brisa do mar não ultrapassa meus sonhos
E quando a alma faz silêncio , o organismo borbulha substãncia.
Quando olho os traços sutis do céu
Vejo o mundo e verdades caindo em forma de chuva.