quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Ensaio

O perdão
Trata-se de um processo
Logo ninguém o faz de dia para o outro.
Há que se perder dentro de si
É preciso muita força
E compreender o tempo das coisas
Necessário é lançar-se sobre o orgulho
De modo que possas voltar
E olhar-se no espelho sem quebra-lo
Há que se ter um imenso grande coração
Para alguns é necessário toda um vida
Muitos arranhões e extrema unção.
Alguns(meu nome é perdão)usam as palavras mais bonitas
Mas perdem-se no caminho,certo é que  o perdão é para os fortes
Apensas para eles
E somos uma legião de fracos
Uma multidão de cansados
Milhas distantes
Há que se ter uma boa dose de esperança
Para se reconhecer no outro.
Perdão e vaidade nunca caminharão juntos.
Diante dos acontecimentos bruscos
Dos dissabores e dos desafetos vemos o quão difícil é.
Há os que tentam quando estão felizes,apaixonados
Mas quando o amado não corresponde ao seu mais alto grau de realeza
Quer mais que ele morra, da morte mais terrível, é claro, tão grande é sua nobreza de coração!
Perdão, palavra escassa na sua ação
Vulgar no cotidiano.
Quem perdoa,não faz contrato com o ego
Para perdoar é preciso coragem e despir-se das convenções
É desnudar-se do ato humano da soberba.
Há que se perder inúmeras vezes, tudo está tão escuro!
Necessário é, não!
É urgente!!!
Se um homem e seus espinhos nos perguntasse sobre o porque não o praticamos,
Quais desculpas  barganhariamos?
Dentro de um milésimo de segundos pediríamos perdão pela ausência de resposta?
Qual é nós daria aquele abraço  no primeiro desleal de nosso passado distorcido, aquele mais perverso?
Há que se fazer um ensaio
Um sobre o perdão!

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