sábado, 3 de novembro de 2012
Que habitas
O pensar
Se contradiz
Diante do olhar
Do desejo
E contradizer-se
É dizer tudo
Na própria confusão
A confusão
Era tudo que tinha
Do quarto avistava-se
O mar vermelho
E as palavras
E ações entre ele,
Nele perdidas
Numa espiral de sensações
O mar
Os largos sorrisos
O réptil que habitas
É tua pele em devaneio
As escamas são a recusa
Trocas de pele e joga ao mar
O pior de ti
A água salgada
Que escorre entre as noites
Percorre lancinante tuas coxas
Assim se esvai
Para o pensar
Ali no mar
Distante da ação humana
Resiste o absolutismo
DE tua vontade
Augustos, Césares, Dantes
Era tudo o que tinha
Atiras ao mar
O espanto de todos
Discorre sobre a palavra
Servil de todos os ontens
Não te dou alento
Perfume de arlequim e concubina
Te trago a água salgada
De mar revolto
Para espanto de muitos
Na ancora de anjos
E espadas de São Jorge
Te escondo
Da solidão
Da dor
Para que não seja mar
Quando abrirem as cortinas.
Trocas de pele
E jogas ao mar o pior de ti
Ao vermelho
Mar de palavras
Tem pequenos rios que
Explodem vertiginosamente
É tudo o que tenho
Que escorre entre
As noites grossa e quentes
O réptil
Escapa à mansidão
Está envolto em lama e perdão
É silêncio
Seu corpo é inteiro verde
Só pode , poder.
Vejo-o dilacerar-me
Respira com força
E assim lance-me
Ao mar de solidão
Vejo as estações
Estações são meses
De sede e frio
Entre as coxas molhadas
É tua pele em devaneio
O réptil que habitas
O pior de ti
Te dou alento água e sal
É tudo o que tenho
Que vem da lama
Sibilante e verde
Entre os peitos nus
Trocas de pele e joga ao mar o pior de mim
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Um comentário:
nossa!!!
assim vou me jogar ao mar!
sem medo de ser feliz...rs
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