Ah meu senhor!
Perdoa-me
Por não poder cobrir a minha vergonha
Das coxas
Que tanto tens por objeto
Que tanto se vangloria
Da propriedade.
Mas é na minha carne podre e subversiva
Que rompo a noite
Discurso à dentro
Chicotando o padre e o juiz
Perdoa-me
Pela indigna condição
De mulher errante
Amante e depravação
Que da boca
Camisa revolta
Perdoa-me...
Grande senhor dos olhos de máquina
Por não ser puta tua
Te compraz
As manchas históricas
Do fogo mais tórrido
E tenta prender-me
Com tuas leis insanas.
Nas capas de revista
Pormenorizadamente
Carregada de símbolos
Do carimbo do diretor.
Perdoa-me
Por querer ser puta da minha própria sexualidade
Por dizer que gozo
Perdoa este demônio
Da vontade própria
De querer ser
Quantas eu quiser
Perdoa a sujeira do meu sangue!
Perdoa-me por não te servir
Com açúcar e com afeto
Perdoa este meu crime de ser mulher
E com toda ironia mina
Te cuspo brasa
E rejeito teus valores doentes
Descarto o papel secundário que me destes
No teu livro de conduta
E nos teus comerciais
Da beleza
Da burrice
De mídia medíocre.
Perdoa-me!
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Poema novo
Sensibilizada olhei para mim
Como quem olha a própria morte
Braços dados com a vida
Numa fúria de estrelas perplexas
Divagando o tempo
No dorso noturno do céu
Sensibilizada...
Vento e ladeira
Íngreme lembrança
Dum sonho visto pela metade
As paredes de geléia
E muito discurso
O ato mais humano
Letárgico
O cheiro da chuva chegando
Na impaciência
Noutra face a passionalidade das horas
A fumaça dos automóveis
Numa cidade onde a poeira
Encobre o chão raso
Disfarço a preguiça
Os corpos caindo longe do pensar
A tinta escorre larga e azul
Nos dedos
Sangue bom de alma pura
A imagem do poeta
Escrevendo à noite
Cercado de intensões
Queremos dormir
E divagar
Num repouso
Imerso em si
Quando fecha os olhos
Mil cacos de vidro
Dançam tontos
Sensibilizada
Descanso o braço
No braço do abraço
Do sofá
Que não cansa nunca
É escravo do senhor
E do escravo
É um corpo morto
Em madeira
Larga escala
Ouço dizer que a sombra
Perambula trêmula
Poema novo Cinema velho
E que as lembranças tem corpo
Que a memória é o que fica para a vida
E da estrada, é o prazer e a dor
Sensibilizada
Olhei para ti
De cara limpa
Na tal estrada
Sem automóvel controle
100 palavras
Sem discurso
Tinha a noite
Um par de sapatos
Um filme tosco
Auto-retrato, luz fosco
A estrada espelho
Quer te engolir
Que ser
O chão é de pedra mole
A maria-mole
Sensibilizei-me com a estrada
Ao saber viajante
No fim da estrada
E que sua roupa
Era Prada.
Como quem olha a própria morte
Braços dados com a vida
Numa fúria de estrelas perplexas
Divagando o tempo
No dorso noturno do céu
Sensibilizada...
Vento e ladeira
Íngreme lembrança
Dum sonho visto pela metade
As paredes de geléia
E muito discurso
O ato mais humano
Letárgico
O cheiro da chuva chegando
Na impaciência
Noutra face a passionalidade das horas
A fumaça dos automóveis
Numa cidade onde a poeira
Encobre o chão raso
Disfarço a preguiça
Os corpos caindo longe do pensar
A tinta escorre larga e azul
Nos dedos
Sangue bom de alma pura
A imagem do poeta
Escrevendo à noite
Cercado de intensões
Queremos dormir
E divagar
Num repouso
Imerso em si
Quando fecha os olhos
Mil cacos de vidro
Dançam tontos
Sensibilizada
Descanso o braço
No braço do abraço
Do sofá
Que não cansa nunca
É escravo do senhor
E do escravo
É um corpo morto
Em madeira
Larga escala
Ouço dizer que a sombra
Perambula trêmula
Poema novo Cinema velho
E que as lembranças tem corpo
Que a memória é o que fica para a vida
E da estrada, é o prazer e a dor
Sensibilizada
Olhei para ti
De cara limpa
Na tal estrada
Sem automóvel controle
100 palavras
Sem discurso
Tinha a noite
Um par de sapatos
Um filme tosco
Auto-retrato, luz fosco
A estrada espelho
Quer te engolir
Que ser
O chão é de pedra mole
A maria-mole
Sensibilizei-me com a estrada
Ao saber viajante
No fim da estrada
E que sua roupa
Era Prada.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Ensaio
O perdão
Trata-se de um processo
Logo ninguém o faz de dia para o outro.
Há que se perder dentro de si
É preciso muita força
E compreender o tempo das coisas
Necessário é lançar-se sobre o orgulho
De modo que possas voltar
E olhar-se no espelho sem quebra-lo
Há que se ter um imenso grande coração
Para alguns é necessário toda um vida
Muitos arranhões e extrema unção.
Alguns(meu nome é perdão)usam as palavras mais bonitas
Mas perdem-se no caminho,certo é que o perdão é para os fortes
Apensas para eles
E somos uma legião de fracos
Uma multidão de cansados
Milhas distantes
Há que se ter uma boa dose de esperança
Para se reconhecer no outro.
Perdão e vaidade nunca caminharão juntos.
Diante dos acontecimentos bruscos
Dos dissabores e dos desafetos vemos o quão difícil é.
Há os que tentam quando estão felizes,apaixonados
Mas quando o amado não corresponde ao seu mais alto grau de realeza
Quer mais que ele morra, da morte mais terrível, é claro, tão grande é sua nobreza de coração!
Perdão, palavra escassa na sua ação
Vulgar no cotidiano.
Quem perdoa,não faz contrato com o ego
Para perdoar é preciso coragem e despir-se das convenções
É desnudar-se do ato humano da soberba.
Há que se perder inúmeras vezes, tudo está tão escuro!
Necessário é, não!
É urgente!!!
Se um homem e seus espinhos nos perguntasse sobre o porque não o praticamos,
Quais desculpas barganhariamos?
Dentro de um milésimo de segundos pediríamos perdão pela ausência de resposta?
Qual é nós daria aquele abraço no primeiro desleal de nosso passado distorcido, aquele mais perverso?
Há que se fazer um ensaio
Um sobre o perdão!
Trata-se de um processo
Logo ninguém o faz de dia para o outro.
Há que se perder dentro de si
É preciso muita força
E compreender o tempo das coisas
Necessário é lançar-se sobre o orgulho
De modo que possas voltar
E olhar-se no espelho sem quebra-lo
Há que se ter um imenso grande coração
Para alguns é necessário toda um vida
Muitos arranhões e extrema unção.
Alguns(meu nome é perdão)usam as palavras mais bonitas
Mas perdem-se no caminho,certo é que o perdão é para os fortes
Apensas para eles
E somos uma legião de fracos
Uma multidão de cansados
Milhas distantes
Há que se ter uma boa dose de esperança
Para se reconhecer no outro.
Perdão e vaidade nunca caminharão juntos.
Diante dos acontecimentos bruscos
Dos dissabores e dos desafetos vemos o quão difícil é.
Há os que tentam quando estão felizes,apaixonados
Mas quando o amado não corresponde ao seu mais alto grau de realeza
Quer mais que ele morra, da morte mais terrível, é claro, tão grande é sua nobreza de coração!
Perdão, palavra escassa na sua ação
Vulgar no cotidiano.
Quem perdoa,não faz contrato com o ego
Para perdoar é preciso coragem e despir-se das convenções
É desnudar-se do ato humano da soberba.
Há que se perder inúmeras vezes, tudo está tão escuro!
Necessário é, não!
É urgente!!!
Se um homem e seus espinhos nos perguntasse sobre o porque não o praticamos,
Quais desculpas barganhariamos?
Dentro de um milésimo de segundos pediríamos perdão pela ausência de resposta?
Qual é nós daria aquele abraço no primeiro desleal de nosso passado distorcido, aquele mais perverso?
Há que se fazer um ensaio
Um sobre o perdão!
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Ensaio sobre a parede(Bares)
Nos bares
A rua sambando
À frente
O abraço
Da paz ao riso
Nas ruas os bares
Vermelho carmesim
O doce amargo
Do copo vazio
Empalidecido
As palavras
"Dentro da noite veloz"
É o sangue
É a rima, é a rima
É a tropa de choque
A nos arrebentar
O silêncio
Os papeis
Vozes
Do ontem
Do hoje.
A rua sambando
À frente
O abraço
Da paz ao riso
Nas ruas os bares
Vermelho carmesim
O doce amargo
Do copo vazio
Empalidecido
As palavras
"Dentro da noite veloz"
É o sangue
É a rima, é a rima
É a tropa de choque
A nos arrebentar
O silêncio
Os papeis
Vozes
Do ontem
Do hoje.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
As flores do jardim do patrão
Tem a beleza
Que inexiste
Em sua vida
Ao cair da noite.
No jardim alheio tem fumaça
Cor de holerite
Suor e sangue
Tem pão!
Dona Flora
Abre a porta!!
Teu perfume é brasa
Que queima pé de João.
Que inexiste
Em sua vida
Ao cair da noite.
No jardim alheio tem fumaça
Cor de holerite
Suor e sangue
Tem pão!
Dona Flora
Abre a porta!!
Teu perfume é brasa
Que queima pé de João.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Poema chamado Meu
Se sigo te amando
Sigo só
No desencontro
Tua saliva era o tempero
Da carne
O incêndio dos teus olhos
O meu silêncio
Hoje a percepção do dia
Era como antes de ti
Ainda que dissecada
E exausta
Tuas palavras são portas
Do mármore
Mais escuro
Te enforco nos fios telefônicos
Se não te beijo
No murmúrio empalideço
E sigo
Me vejo só
Num estar só
Quase sempre em mim
Dentro das lutas do pensar
As vezes inconciso
Ora ácido
Ora sutil
O holocausto do teu corpo
Põe-me a pensar
Sobre as cinzas
Do ontem
A tua ideia ainda me permeia
Me encontra na calçada
Nos abraçamos suburbanalmente
Do alívio
Da paz
Paira uma doce saudade
Sem conclusão
Ontem me abriu a porta
Afrouxei o fio do telefone
Sem fio
E a voz me punha a dormir
Com um cobertor de sorriso curioso
Cheiro de banho
De leite
Pele
Atravessava pelos minúsculos
Espaços telefônicos
Diagnósticos
Entorpecentes verdes
Pernas cruzadas e explicações
Não esperadas
No sonho dançávamos
Num tempo só meu
Dentro da menor partícula
Protegida por toda
A pela escondida
Debruçada na escada
De um prédio
Feito em livro
Vi teus olhos
Cheios d'água
Não quis dar-me a mão
Por que não quis dar-me a mão?
Queria espancar Você
No sentido mais íntimo
Te violentar
Ver-te novamente na cozinha
O barulho da TV
Junto à fumaça do cigarro
As paredes nuas
Frida Kalo e filme porno
Meus olhos de prata
Debruçados
Quase derretidos!
Viro-me para o lado
Onde não esta
É quase como
Que repousasse novamente
Feito avião
Que sempre retorna a base
Me aperta
E durmo o sonho
Com rosto de criança
Piloto automático
Função sempre
Para todas as viagens
Com paradas dentro e fora de nós.
Sigo só
No desencontro
Tua saliva era o tempero
Da carne
O incêndio dos teus olhos
O meu silêncio
Hoje a percepção do dia
Era como antes de ti
Ainda que dissecada
E exausta
Tuas palavras são portas
Do mármore
Mais escuro
Te enforco nos fios telefônicos
Se não te beijo
No murmúrio empalideço
E sigo
Me vejo só
Num estar só
Quase sempre em mim
Dentro das lutas do pensar
As vezes inconciso
Ora ácido
Ora sutil
O holocausto do teu corpo
Põe-me a pensar
Sobre as cinzas
Do ontem
A tua ideia ainda me permeia
Me encontra na calçada
Nos abraçamos suburbanalmente
Do alívio
Da paz
Paira uma doce saudade
Sem conclusão
Ontem me abriu a porta
Afrouxei o fio do telefone
Sem fio
E a voz me punha a dormir
Com um cobertor de sorriso curioso
Cheiro de banho
De leite
Pele
Atravessava pelos minúsculos
Espaços telefônicos
Diagnósticos
Entorpecentes verdes
Pernas cruzadas e explicações
Não esperadas
No sonho dançávamos
Num tempo só meu
Dentro da menor partícula
Protegida por toda
A pela escondida
Debruçada na escada
De um prédio
Feito em livro
Vi teus olhos
Cheios d'água
Não quis dar-me a mão
Por que não quis dar-me a mão?
Queria espancar Você
No sentido mais íntimo
Te violentar
Ver-te novamente na cozinha
O barulho da TV
Junto à fumaça do cigarro
As paredes nuas
Frida Kalo e filme porno
Meus olhos de prata
Debruçados
Quase derretidos!
Viro-me para o lado
Onde não esta
É quase como
Que repousasse novamente
Feito avião
Que sempre retorna a base
Me aperta
E durmo o sonho
Com rosto de criança
Piloto automático
Função sempre
Para todas as viagens
Com paradas dentro e fora de nós.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Do oriente, do bendito do ouvi dizer
Bendito seja
Dito eu te amo
Basta
O corpo feito em chão
Da ação
Projeção utópica
Da letra
Jogada ao moinho
Escorre um lindo esgoto
De tênues letras
Ouvi dizer
Que mataram Deus
Tem só agora
Aplicações de explicações
Da Deusa
Mãe do absurdo
Pariu eugenia
Da Vinci,
Jornal pariu
Que puta!
No chão disforme
Onde passo
A notar
A lacuna tua
Ali na colina
Tem você
Um gueto de ferro
A nervos.
A lã
Nos enrolou
Bastava o sol
E um computador
Bendito!
In your lips
Tem música
E cheiro de deitar
Ditado
Ouvi dizer
Do oriente
Da especiaria
Insana tua
Não vejo
Casa grande
Mas o avental
É bélico
Caiu um banner
Da dona Augusta
Tinha mais
Ninguém não
É tudo várzea
E reza
Pisaram
No abaporu
Colocaram-lhe Minerva
Mas deram
Banana bomba
Só ouvi dizer
Bendito
Na ação de
G-r-a-ç-a
Só tem
Pai Zé
E um calendário estúpido!
Tem um canto
De burguês
Na rádio
Tem você não!
Jogaram ali
Um cocár
Mas tem propaganda
Política em cima
Tudo bem
Me contaram!
Tem um coração
Say
What you need
To say...
Onde passo
A notar
Ali na colina, lá de Stanislavski
Just with
My self
Um relógio
Estúpido
Basta o corpo
Feito em chão Bendito!
Dito eu te amo
Basta
O corpo feito em chão
Da ação
Projeção utópica
Da letra
Jogada ao moinho
Escorre um lindo esgoto
De tênues letras
Ouvi dizer
Que mataram Deus
Tem só agora
Aplicações de explicações
Da Deusa
Mãe do absurdo
Pariu eugenia
Da Vinci,
Jornal pariu
Que puta!
No chão disforme
Onde passo
A notar
A lacuna tua
Ali na colina
Tem você
Um gueto de ferro
A nervos.
A lã
Nos enrolou
Bastava o sol
E um computador
Bendito!
In your lips
Tem música
E cheiro de deitar
Ditado
Ouvi dizer
Do oriente
Da especiaria
Insana tua
Não vejo
Casa grande
Mas o avental
É bélico
Caiu um banner
Da dona Augusta
Tinha mais
Ninguém não
É tudo várzea
E reza
Pisaram
No abaporu
Colocaram-lhe Minerva
Mas deram
Banana bomba
Só ouvi dizer
Bendito
Na ação de
G-r-a-ç-a
Só tem
Pai Zé
E um calendário estúpido!
Tem um canto
De burguês
Na rádio
Tem você não!
Jogaram ali
Um cocár
Mas tem propaganda
Política em cima
Tudo bem
Me contaram!
Tem um coração
Say
What you need
To say...
Onde passo
A notar
Ali na colina, lá de Stanislavski
Just with
My self
Um relógio
Estúpido
Basta o corpo
Feito em chão Bendito!
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