quarta-feira, 30 de abril de 2008

O falóforo

Eu falo
tu fala
O falo do falóforo que fala, que medita secreção.

Vêm fecundando
Adornando
O falo vêm pulsando, da dança do falóforo antigo.
Vêm cantando, sussurrando,
desmanchando-se em gozo,
violentando as matas.

Noite do Falo
De desejo e calafrio.

O falo falante, galante.
Dotado de energia do Deus
Que exala ferômonio
Cospe um fogo eterno
O falo não dorme
É soldado
Eu falo
Sou totem
Sou destino, desatino.

Falóforo doce
Com sua túnica manchada de imenso amor
Perpetuando a volúpia.
O círculo se abre
A dança recomeça
A penetração vêm dilacerando
Dilatando os corpos
Tornando-os parte do membro maior.

Entre cantigas e gemidos de adoração, de sortilégio,
os amantes se entregam, se misturam.
Este Deus pontiagudo
Vêm crescendo dentro da flor,
abrindo seu botão, arrancando suas pétalas suavemente.
Se transformando em perfume de canela viva.

O falo se delicia na carne macia de uma dama lasciva.

2 comentários:

Lu disse...

Nossaaa!! muito bom mesmo...maravilhoso, poderia escreve-lo num concurso de poesias =)

Unknown disse...

Muito bom Srta.
Vou ler com calma o restante dos textos e ir comentando aos poucos.

Sua verve é pulsante, intrigante, autêntica.

Parabéns.

Beijo